Agilidade e mudança de direção




Elite Training: Qual é a sua opinião sobre a utilização das técnicas de velocidade multidirecional para os esportes lineares tais como o atletismo?

 

Sophia: Deve haver um tempo e um lugar para técnicas “aparentemente” não relacionadas em qualquer planejamento esportivo que dependem das razões por trás disso. Eu tenho utilizado essas atividades para aumentar a “integridade” da região do tronco e ter certeza de que o atleta seja bem desenvolvido nos músculos estabilizadores (geralmente desenvolvidos pelos movimentos multidirecionais não presentes nos esportes lineares). Dessa maneira, temos a certeza de que essa energia não esteja “vazando” enquanto ela corre pelo sistema (ex: tronco, quadril, tornozelo) enquanto o atleta aplica essa força contra o solo.


Elite: Essas atividades também podem ser aplicadas e transferidas para o aumento da performance em atletas de esportes de prancha tais como o Surf e o Skate?

 

Sophia: Se o objetivo é desenvolver o atleta para que ele possa tolerar e produzir as forças na direção em que elas ocorrem, então absolutamente. Por exemplo, no surf, algumas das forças podem ser consideradas “horizontais” em alguns momentos (baseadas nas medidas com o acelerômetro), particularmente quando a quilha “se agarra” após uma manobra vertical no lip (topo) da onda, o freio instantâneo, a força de desaceleração e amplitude movimento podem ser treinadas utilizando “educativos de aterrissagem”, ou seja, simples variações bem estruturadas de mudança de direção! As ondas não sempre boas, então essa é uma maneira de conseguir realizar repetições para o treinamento das capacidades físicas para frear ou absorver as cargas e algumas posições bem difíceis.


Elite: Com relação aos atletas profissionais em esportes como o futebol, qual é a importância da manutenção de tarefas de mudança de direção (MD) pré-programadas no programa de treino semanal?

 

Sophia: Os benefícios de algumas tarefas MD pré-programadas são geralmente negligenciados. Particularmente após jogos (ex: alguns tipos de sessões regenerativas no começo da semana), as tarefas planejadas permitem conhecimento antecipado e controle tanto da quantidade (volume) quanto das cargas (ex: mantidas em baixa intensidade). Além disso, isso permite que o atleta possa “restaurar” os desequilíbrios provenientes dos jogos e pelo menos equalizar as cargas em cada membro na montagem da sessão. Jogos repetitivos sem qualquer tipo de treino interventivo podem resultar grandes desequilíbrios ao final da temporada.


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